Meu nome é Fernanda Vilardo, tenho 16 anos e curso o último ano do Ensino Médio. Minha família é católica e, por isso, a vida dentro da Igreja sempre foi uma realidade para mim, mas foi somente a partir do ano de 2015 que fazer parte da Santa Igreja, corpo de Cristo, se tornou uma escolha minha, que passei a desejar a união com Jesus e almejar a santidade, o que deve ser o objetivo de cada cristão. Em nossas vidas, quando nos tornamos amigos próximos de alguém, não demora e já somos íntimos de sua família, e com Jesus não foi diferente, ao dar o meu sim a Ele, logo me aproximei enormemente de sua Mãe. E assim, abri meu coração para que ela fizesse o que faz com cada um: acolher-me como sua filha. Agora sou uma grande devota de Maria e encontro nela a intercessão mais poderosa junto a Deus, sendo totalmente consagrada ao Filho pelas mãos dessa pura Mãe.
Falar daquela que é a Mãe de Deus, a única que foi digna de receber o Filho diretamente das mãos do Pai, enquanto toda a humanidade O recebeu através dela, é como tentar descrever o indescritível, precisamente porque Aquele que merece todos os louvores se uniu inseparavelmente a ela, fazendo-a filha, mãe e esposa.
Maria foi, desde a eternidade, escolhida e amada pelo Amor de Deus e desde o seu nascimento se entregou inteiramente ao Pai, como serva e filha. Mas foi apenas com o seu consentimento que Deus a fez esposa e mãe, e é exatamente sobre essa primeira honra que venho falar. Os dois mistérios estão intimamente ligados, a concepção virginal de Maria é fruto do sim que Ela deu, em uma atitude de confiança, serviço, doação e unidade com Deus. Ao venerarmos Maria como a Esposa do Espírito Santo, estamos, junto a toda Igreja, honrando Maria pela sua ação conjunta ao Espírito para a vinda de Jesus, usando de uma analogia ao que ocorre entre os esposos, que unidos, trazem ao mundo um fruto dessa união.
Sua maternidade divina é fruto da união com o Espírito de Deus e não é difícil demonstrar a união prévia que existia entre o Espírito e a Santíssima Virgem, pois ela foi merecedora da saudação angélica que a afirmou cheia da Graça e também participante do Reinado Divino quando o Arcanjo Gabriel se dirigiu a ela como “Ave”, saudação dirigida apenas àqueles da mais alta corte.
Ao saudarmos a Santa Mãe de Deus, estamos tão somente saudando seu Santíssimo Esposo, e os primeiros a se valerem dessa verdade tiveram a honra de testemunhar as maravilhas que o Espírito Paráclito opera naqueles que reconhecem e louvam sua fiel esposa. Santa Isabel e São João Batista abriram não apenas as portas de sua casa para Maria, mas entregaram a ela a chave de seus corações, e como não poderia ser diferente, Maria imediatamente entregou a seu Esposo e Ele os santificou e os transformou em membros do Filho.
A partir do seu sim, a alma de Maria não se separou jamais do Espírito de Deus, estando ela em todo lugar que Ele está, e Ele passou a estar em maior plenitude onde Sua esposa se encontra. Dessa forma, à Maria foi concedido participar da santificação e redenção de todos, pois é encontrando Maria em uma alma, que seu fiel Esposo se une inteiramente a ela, santificando-a e fecundando-a com a Vida, produzindo mais um membro do corpo místico de Cristo.
Jesus é o fim último de todos os seus privilégios, e como Esposa do Amor Divino, Ela dá origem à Santa Igreja, pois dando vida à Cabeça, ou seja, seu Filho, não poderia se abster da formação do Corpo. Não hesitemos, portanto, em recorrer a essa Santa Mãe, pois é sendo gerado por ela, que alcançaremos a graça de nos unirmos também ao Espírito Santo.
Fernanda Ostwald Luz Vilardo (filha de Claudia e Vilardo)