Nosso namoro teve início em 2007 e viemos a nos casar em 2013. Eu fui criada segundo os princípios da Igreja Católica e tive uma vida ativa na comunidade até o início de minha vida adulta. Meu marido, no entanto, não teve qualquer base religiosa, não recebeu o batismo, o que o fez crescer sem acreditar na existência de Deus. Em razão disso, grandes foram meus esforços durante todo o relacionamento para apresentá-lo às maravilhas do Pai. Mas, como era de se esperar, acabei me afastando das missas, dos encontros, do ministério de música, ou seja, de tudo o que me fazia perseverar na fé. Já que não tinha o apoio e a companhia de meu parceiro, desanimei.
Durante nosso noivado o convidei a participar de uma missa de cura e libertação na Paróquia da Mosela, e ele concordou em me acompanhar. Essa missa ficava sempre muito cheia, era necessário chegar cedo para tomar lugar. Naquele dia, nos atrasamos e como eu imaginava, a igreja estava lotada. Mas, curiosamente, havia espaço para duas pessoas no primeiro banco. E para lá fomos. Ao final da missa, no momento da adoração ao Santíssimo, o padre desceu do altar, como de costume, para levar o ostensório próximo ao povo. Neste momento Deus agiu pela primeira vez em meu marido! O padre se dirigiu diretamente a ele e quando ergueu o Corpo de Cristo à cabeça de meu marido, ele caiu de joelhos e se pôs a chorar. – Eu agradeci – Quando saímos meu marido me perguntou o que havia acontecido, pois ele não lembrava bem e não entendia. Eu lhe disse: não há o que entender, mas Deus enviou Seu Espírito a você! Amém!
Isso o marcou e o fez ser mais receptivo e respeitoso com a minha fé, mas não o fez, até então, querer experimentá-la.
Quando decidimos nos casar, por óbvio, não abri mão do sacramento do matrimônio, e ele, mais maduro, respeitou minha decisão e concordou com a celebração. Para isso, assumi a responsabilidade de educar os filhos que porventura vierem dessa união segundo orienta a Igreja Católica, já que meu marido não professava a mesma fé, tendo firmado tal compromisso nos autos do processo para habilitação matrimonial.
No primeiro ano de casados, enfrentamos muitas dificuldades, em virtude do período de adaptação à nova convivência, mas queríamos superá-las. Cheguei a sugerir que procurássemos um grupo de casais em nossa diocese, o que não foi aceito e resolvemos então buscar ajuda para lidar com as novidades pela ciência (psicologia). De fato, foi proveitosa a experiência, mas, ao final, queríamos mais. Decidimos parar com a terapia em casal.
Passado um tempo, foi o Jordani que me perguntou como eram esses encontros de casais na Igreja Católica e eu iniciei minha busca. Enviei e-mail para o site da diocese, conversei com amigos que eu sabia ainda estarem freqüentando suas paróquias, mas não consegui obter nenhuma informação concreta. Era preciso uma certa “iniciação” para freqüentar um grupo de casais já em busca da santidade – assim eu entendi. Como fazê-lo?
Meses se passaram e nada… Cheguei a ver um programa de televisão em um canal da cidade que trata exatamente da vida conjugal baseada no amor de Cristo. Nele, o casal apresentador, convidava os telespectadores a freqüentarem as reuniões. Entrei em contato e descobri que o encontro não era religioso, mas tinha como base uma outra doutrina. Daí questionei à Deus se ele nos queria lá, se não que me mostrasse na minha Igreja um caminho.
Foi aí que conheci um padre num aniversário e o questionei sobre as atividades da Diocese para casais. Ele me deu o contato de um casal engajado, que me informou sobre dois encontros: Experiência de Amor para Casais e Acampamento para Casais. Não perdi tempo, nos inscrevi nos dois! Meu marido topou e fomos nós!
A Experiência foi maravilhosa, nos despertando para nossa missão enquanto casal. O Acampamento selou nossa vontade de crescer na fé JUNTOS!
Hoje temos o hábito de orar JUNTOS, nosso companheirismo, nossa amizade, nossa confiança, parecem aumentar a cada dia – não importando a dificuldade que enfrentemos. E mais, queremos mais!
Estamos muito felizes em ver que o projeto não acaba no acampamento. As reuniões que vem sendo agendadas, as correntes de orações pelos meios eletrônicos, nos dá a oportunidade de perseverar na caminhada.
É fato que ainda não nos estabelecemos na comunidade de forma sólida, mas estamos confiantes de que logo encontraremos nosso lugar! Para isso precisamos que a Diocese se una em prol das famílias, que todas as paróquias divulguem e auxiliem a realização deste projeto de restauração! Para que muitos outros casais e famílias sejam recebidos pela Igreja, restaurados no amor do Pai, e também para que nós, Mariana e Jordani, possamos nos doar à Igreja em agradecimento ao Nosso Senhor, estreitando cada vez mais nossos laços de intimidade com Ele!
Só assim, poderemos preparar um lar Santo para cultivar, plantar e colher os frutos que Deus nos reserva!
Muito obrigada a toda a equipe e ao nosso Bispo Dom Gregório pelo investimento em nossa humanidade!